O Sindicato dos Radialistas do Rio de Janeiro publicou em sua página no Facebook que a partir da próxima sexta-feira (30/12/2016) radialistas da Tupi entram em greve por tempo indeterminado. A decisão foi tomada ontem em amplo colegiado na terceira Assembléia Geral Extraordinária realizada neste fim de ano com as trabalhadoras e trabalhadores da emissora. O indicativo desta vez é de que, a paralisação só termine com o pagamento integral dos salários atrasados ou que sejam apresentados os documentos de compra e venda da rádio com comprometimento dos compradores (por escrito e assinado) em por em dia o pagamento.
Até o momento, as paralisações anteriores na Tupi foram com tempo determinado (de 24h, 48h e 72h respectivamente), e conquistaram avanços significativos. Porém, diante da urgência da situação, o objetivo da categoria é que desta vez a pressão de uma greve permanente mobilize os sócios da empresa para agilizar a venda.
A venda da Tupi foi a principal alternativa apresentada ao movimento de radialistas para por em dia os pagamentos atrasados. A empresa vinha protelando o compromisso com seus funcionários há quase dois anos, e ignorando todas as tentativas de diálogo por parte do nosso sindicato. A direção da Tupi, então sob presidência de Maurício Dinepi, segundo o Sindicato "enrolou" até para cumprir algumas decisões jurídicas a favor de seus funcionários (hoje são mais de 40 as ações movidas na justiça contra a emissora, 6 delas "ações coletivas", em nome de todos os trabalhadores da emissora.
Dinepi alegou durante esse tempo todo que a empresa não tinha recursos suficientes para por suas dívidas em dia. Porém, com a mobilização das últimas semanas, dois sócios minoritários que possuem capital para arcar com essas despesas procuraram nossa equipe e confirmaram que assumem o compromisso de pagar todos os radialistas caso os sócios majoritários aceitem vender para eles suas ações - entregando a direção da empresa. A maioria das ações da Tupi ainda pertencem ao condomínio de sócios do qual faz parte o ex-presidente Maurício Dinepi, que renunciou seu cargo, mas não deu entrada no processo de venda.
Enquanto o que é de direito e da maior necessidade de tantos trabalhadores continuar sendo negado.
Segundo o comunicado, "Só vai ter ano novo na Rádio Tupi quando essa página virar; 2017 vai ter que começar com respeito" Nova Assembléia Geral está marcada para o dia 03/01/2017, às 14 horas no mesmo local (Igreja Sta. Edwiges) para fazer o próximo balanço do movimento. Abaixo segue um áudio feito no formato de algumas vinhetas e programas da Tupi, parodiando a emissora e explicando os motivos da Greve.
Da Coluna
A coluna vem antecipando esses problemas administrativos da Tupi há quase um ano, inclusive passando na época com exclusividade que o empresário e ex-deputado federal Paulo Masci de Abreu, que detém diversas concessões na Grande São Paulo é um dos sócios minoritários que está tentando comprar a emissora dos Diários Associados, ou aumentar a sua participação e conseguir ser o "dono" da concessão, porém em virtude do estatuto interno e muito burocrático dos Diários Associados ( empresa que é responsável pela emissora) não obteve êxito
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