Foto tirada por jornalista na edição passada do Onboard Reporter |
Quem for escolhido irá encarar o maior desafio pelos mares do mundo na edição 2017-18 da regata.
Apelidada de "o trabalho esportivo mais difícil de todos', a vaga de OBR - abreviação de Onboard Reporter - certamente não é para os fracos e exige coragem. Antes de serem aprovados, eles serão testados em situações adversas, provando capacidade de suportar a pressão mental e física desse trabalho.
Os OBRs terão que se comunicar com a sede da regata por equipamentos via satélite de onde estiverem. A certeza que estarão em um espaço apertado do barco de 65 pés e que terão de contar a história da volta ao mundo em vídeos de alta qualidade, fotografia e textos diários, independentemente das condições a bordo.
O evento, que desde 1973 tem colocado os melhores velejadores profissionais no planeta uns contra os outros, tem mais de 40.000 milhas náuticas, abrange quatro oceanos, cinco continentes e nove meses de maratona, exigindo repórteres qualificados e experientes para informar tudo que se passa a bordo de áreas remotas e hostis do planeta.
"Para um contador de histórias profissional, estou certo de que não há desafio maior na terra do que este", explica o cineasta americano Amory Ross, que desempenhou o papel nas duas últimas edições da Volvo Ocean Race. "Vocês serão empurrados para além de seus limites físicos, mentais e criativos".
Para espalhar o conteúdo dos oceanos do mundo diretamente para os fãs, os barcos contam com um arsenal em tecnologia. Cada veleiro tem uma central multimídia, com câmeras de controle remoto, microfones e outros equipamentos para garantir qualidade, velocidade e desempenho.
Graças ao suporte de comunicações de ponta proporcionadas pela Inmarsat desde 2005, é possível enviar tudo que se passa a abordo por seus transmissores 200.000 quilômetros em órbita longe da terra. Não importa onde estiver, a informação chegará.
"Nós estamos procurando candidatos com um perfil aventureiro, mas também com uma experiência na área de mídia sólida", explica Leon Sefton, que está conduzindo o projeto de recrutamento dos OBRs e também chefe da área de televisão da Volvo Ocean Race.
"Não é possível subestimar o trabalho e sua dificuldade, pois é realizado dia sim, dia não, em condições diversas, com pouco ou nenhum sono".
O trabalho de repórter a bordo da Volvo Ocean Race é regularmente apresentado nos principais meios de comunicação do mundo, como o The Daily Telegraph, o New York Times, Red Bull Mídia House e outras 242 emissoras em 83 canais de televisão em todo o mundo.
"Os repórteres a bordo do Volvo Ocean Race precisam ser muito mais do que apenas um rostinho bonito com um microfone na mão. Na verdade, eles podem estar realizando o trabalho mais difícil no jornalismo esportivo", escreveu premiado jornalista Tim Wendel em uma reportagem do Huffington Post.
Mais de 2.000 candidatos se inscreveram na edição 2014-15 e os organizadores estão esperando um número ainda maior desta vez.
Para tentar a vaga, os profissionais de mídia devem entrar no site da campanha if.volvooceanrace.com, e enviar um breve resumo do seu trabalho.
Se selecionado, eles vão passar para a próxima rodada, onde uma entrevista formal ocorrerá. Em seguida, eles ficam mais próximos de se tornar um OBR no teste final.
Foto e Vídeo: Divulgação
Comentários
Postar um comentário