Há anos venho destacando aqui nesse espaço a queda de audiência, de faturamento e principalmente de qualidade do meio rádio. E a cada novo evento como a Copa América por exemplo, observamos que as exceções nos grandes centros vão diminuindo e não preenche uma mão sequer o número de emissoras que conseguem se destacar na cobertura do evento, afinal os direitos de transmissão são caros, alguns afirmam que passam de cento e vinte mil reais que são parcelados, e esse valor é só para transmissão de rádio, se quiser transmitir na internet os valores podem passar dos 70 mil reais após a conversão do dólar. Quando é feita a soma com a despesa por pessoa para cobrir o evento a conta assusta até os grandes grupos de comunicação. Por isso, poucos profissionais foram enviados para o Chile ( abaixo lista ). Mas será que vale a pena investir na cobertura desse evento? E se a emissora não fizer vai prejudicar o conteúdo e a marca da emissora? E se virar rede perde a identidade? Vale a pena investir na seleção brasileira diante de tantos desgastes com o torcedor? São várias as perguntas que a direção e principalmente o departamento comercial fazem antes de tomar uma decisão, e a decisão pode pesar quando o carro chefe da emissora é a notícia, é o futebol.
Pesquisas que definem o público alvo podem ajudar, todos sabem que ouvir a transmissão com a equipe local pesa a favor, se tiver um sotaque diferente do habitual ou uma voz desconhecida naquela transmissão o ouvinte tem grande chances de optar pela troca de emissora. Arriscar em colocar um narrador de uma praça, o comentarista de outra e o repórter in loco pode ser arriscado tanto para a emissora quanto para gosto de quem ouve. Fazer tudo off-tube com e não tomar cuidado com o som local é dar tiro no pé, a qualidade da transmissão com certeza será questionada. Optar em não fazer a cobertura arranha a identidade jornalística da emissora, pois para o ouvinte pouco importa se a seleção está jogando bem ou ruim, ele quer ouvir o jogo, o comentarista, o clima etc.... Duro mesmo é ouvir no momento em que a seleção está em campo assuntos como handebol ou a preparação da equipe de judô para o Pan-Americano, ignorar a competição no domingo, dia mais importante do futebol é algo triste, digno dos atuais "gênios" que como um câncer vão matando lentamente o já combalido rádio. A chamada economia burra se encaixa no atual momento, mas mesmo assim vamos torcer por dias melhores e Viva o Rádio!
Levantamento feito pelo colega Edemar Annuzeck com a a lista dos profissionais e emissoras brasileiras que estão cobrindo a Copa América no Chile:
RÁDIO ITATIAIA - NARRADOR MILTON NAVES – COMENTARISTA LÉO FIGUEIREDO – REPÓRTER WELLINGTON CAMPOS E BRUNO AZEVEDO E O DIRETOR DONO DA RÁDIO CLÁUDIO RIBEIRO.
RÁDIO VERDES MARES DE FORTALEZA: NARRADOR KAIO CEZAR – COMENTARISTA PAULO CEZAR NORÕES – REPÓRTER RICARDO MORA – TÉCNICO ALTEVIR MOSSORÓ.
RÁDIO CLUBE DO PARÁ: NARRADOR VALMIR RODRIGUES – REPÓRTER PAULO FERNANDO
RÁDIOS COM REPÓRTERES:
METRÓPOLE DE SALVADOR – REPÓRTER RENATO LAVIGNE –M MARINHO JUNIOR E SALOMÃO BATISTA.
RÁDIO TRANSAMÉRICA DE SÃO PAULO – IVAN DRAGO
RÁDIO GAÚCHA – JOSÉ ALBERTO
RÁDIO GLOBO SÃO PAULO/RIO – RAFAEL MARQUES
RÁDIO TUPI DO RIO DE JANEIRO – WILSON PIMENTEL
RÁDIO MANCHETE DO RIO DE JANEIRO - OSIRES NADAL
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