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EXCLUSIVO - Estadão deve desfazer parceria com ESPN no rádio


Em 14 de Abril de 2007 começava a parceria entre o Grupo Estado e a ESPN, a partir daquele dia surgia  uma nova  e forte equipe de esportes que vinha com força para disputar o mercado, surgia a marca Eldorado/ESPN - que em princípio  transmitida somente nos 700 Khz do am em São Paulo.
A  ESPN entrava com  sua equipe profissional diretamente dos estúdios da emissora no bairro do Sumaré, enquanto o Grupo Estado cuidaria do jornalismo  no  sexto andar do tradicional edifício do Estadão no bairro do Limão.
A primeira grande cobertura internacional da parceria aconteceu na Copa América do mesmo ano que foi disputada na Venezuela, depois vieram decisões internacionais e a grande  e premiada cobertura da Copa da África do Sul em 2010. Enquanto o esporte  tinha carta branca para decolar, o jornalismo ficava estacionado, cada vez mais lento, além do que era visível que as duas redações não andavam lado a lado, muito pelo contrário.
Parceria tinha redações  e
 estúdios  independentes
O BLOG antecipou mais uma vez que as mudanças iriam acontecer na parceria, tanto que  no dia  27 de março de 2011, acabava a marca tradicional dos 700 KHz, e a Eldorado passaria a se chamar Estadão/ESPN a grande novidade na parceria era  a retransmissão  do canal am em  FM  92,9 MHz que finalmente foi liberada pelo Grupo Estado, que locou outra freqüência em fm  para continuar com a marca Eldorado em parceria com a Fundação Brasil 2000 que extinguiu a marca Brasil 2000 trocando pelo estranho nome de  Eldorado/ Brasil 3000 - 107,3 MHz.
Na época houve muita festa na inauguração da nova marca que visava reforçar o esporte com um canal em fm e unir as redações em prol de uma boa audiência e consecutivamente um bom desempenho comercial. Em princípio era simples,  cada um tinha que cumprir um acordo como divisão de gastos com funcionários, viagens,  compra de eventos esportivos etc.
Ninguém nega que o carro chefe a partir da parceria sempre foi o esporte, que cumpre a sua parte do acordo desde o início da parceria, fornece 40% da programação da emissora, mas na maioria das vezes essa porcentagem quase que dobrava.  O esporte seguia voando alto, mas o jornalismo que era prometido como inovador (giro 15) e de impacto nunca decolou. 
A nova linha administrativa do  Grupo Estado, foca hoje as suas atenções para o "Estadão" -  tanto que o Jornal da Tarde se despede hoje das bancas após 46 anos, e essa nova "estratégia" deve chegar infelizmente à rádio ainda esse ano, pois o que era acordado anteriormente entre as partes, não está sendo cumprido pelo lado do Grupo Estado que  parece estar forçando uma barra para que o cominho seja a rescisão contratual, e assim seguir sozinho  como a  "Rádio Estadão" ou quem sabe ressuscitar a marca Eldorado que sempre teve o foco no público A e B. 
Equipe  da Eldorado/ESPN em abril de 2007
Escrevemos na coluna "Ondas Curtas" edição 23, que a harmonia entre as partes não era mais a mesma e o reflexo já é notado entre os funcionários da rádio (ESPN) que já questionam o futuro da parceria, semelhante ao episódio dos funcionários do JT semanas antes do anúncio oficial da extinção do jornal.
Dentro desse quatro, a tendência é que o Grupo Estado realmente perca uma das melhores e mais completas equipe de esportes do rádio do Brasil, mas a ESPN pretende conseguir uma nova parceria para  continuar levando "Os melhores lances do Esporte" em  uma nova frequência que esteja disposta a transmitir os eventos esportivos que estão por vir como: Copa das Confederações, Copa do Mundo e as Olimpíadas. Já o futuro da Eldorado/Estadão/Brasil 3000 deve ser definido em reuniões do Grupo.

 Veja abaixo a nota do grupo Grupo Estado de 27 março de 2011 - quando informava o fim da Rádio Eldorado e o incío da Estadão/ESPN: 

Francisco Mesquita Neto é
 presidente do Grupo Estado
 O Grupo Estado e a ESPN anunciaram hoje o lançamento da Rádio Estadão ESPN, fruto da ampliação da parceria que as empresas mantêm desde 2007. Segundo comunicado conjunto das empresas, a rádio terá o formato all news e esportes, sob responsabilidade editorial do Grupo Estado. A programação será transmitida em FM 92,9 e AM 700, em São Paulo, e também por uma rede de emissoras afiliadas em todo o Brasil. A ampliação da parceria também inclui a hospedagem no Brasil do site da ESPN (www.espn.com.br) no portal www.estadao.com.br. “O Grupo Estado e a ESPN acreditam que, com essa iniciativa, surge uma nova alternativa de conjugar jornalismo e esportes, tanto no meio rádio quanto na internet para ouvintes, internautas e para o mercado publicitário”, informa o comunicado. A rádio, que vai ampliar sua equipe de jornalistas, locutores e produtores, também contará com a produção jornalística de todos os veículos do Grupo Estado, em mais um avanço da integração multimídia. Além dos estúdios atuais, um novo estúdio está sendo montado dentro das redações integradas de “O Estado de S. Paulo”, “Jornal da Tarde” e “estadão.com.br”. Na área de esportes, a produção da rádio passará a contar com fornecimento de conteúdo dos canais ESPN, no Brasil. Além disso, a Fundação Brasil 2000 e o Grupo Estado comunicam que a Rádio 107,3 FM passará a transmitir conteúdos de programação fornecidos pela Rádio Eldorado FM. Segundo comunicado das empresas, a rádio adotará o nome Eldorado Brasil 3000. “A Eldorado Brasil 3000 expandirá os conteúdos da área educacional, tais como cultura, sustentabilidade, responsabilidade social e cidadania, além de ampliar a prestação de serviço e a interatividade com o uso das redes sociais em toda programação”, informava o texto.

Comentários

  1. Estou bom de chute hein Cheni, uma pena se isso ocorrer. Bom fazendo mais um momento pitonisa, será que pode surgir na sequência uma "Capital ESPN" ou uma "Super Tupi ESPN"?

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  2. Cheni, como ouvinte da antiga Eldorado, lamentei muito a fusão definitiva das redações, pois a ESPN perdeu a marca de ineditismo, singularidade, e o Estado perdeu o diferencial da marca Eldorado. Saídas de Caio Camargo, Vanessa di Sevo, Rose de Oliveira (para a estranha Eldorado Brasil 3000), a perda de programas excelentes como o Plug Eldorado, dos professores Tarcísio e Pierluigi, do conteúdo da Pais e Filhos, enfim, de vários diferenciais em termos de conteúdo me fizeram voltar à Bandeirantes, à Jovem Pan e à CBN, ainda ressentida da perda do Heródoto.
    Ressalte-se, ainda, a troca deficitária do Trajano pelo Palomino e da saída, por exemplo, do di Lallo da rádio.
    A notícia é uma pena, mas esperada.

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  3. Quando houve esta mudança de foco para a Rádio Eldorado/ESPN também senti muito pelo término do programa Plug Eldorado, sobre informática, que era apresentado em diversos horários da programação.

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  4. Acharam que com os Carlos Lima da vida, Gustavo Vilani, Everaldo Marques e com as estatísticas do tal de PVC iriam ganhar audiência. Tinham que ter contratado profissionais como Reinaldo Costa, Edmar Anuzek, Orlando Duarte, Anderson Cheni, Domingos Machado, Vanderlei Ribeiro. O rádio de São Paulo precisa abrir espaço para esses grandes profissionais. Só a Estadão-Espn não enxergou isso. Televisão é uma coisa, rádio é outra. Tava na cara que não iriam adiante.

    Carlos Apolinário de Andrade
    Guarulhos

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    Respostas
    1. Basta ler com calma para perceber que o fim da parceira vem do Grupo Estado, que deseja unificar a sua marca em todos os seus produtos - assim, não fazendo mais sentido uma parceria com outra empresa de mídia.

      De fato, a Estadão/ESPN as vezes parecia um Frankenstein com as diferenças das programações esportivas da ESPN e o hard news da Estadão. O ideal seria a ESPN ter a sua própria rádio, concorrendo diretamente com a Bradesco Esportes. A dúvida é se a ESPN conseguiria ter capital para bancar o projeto sem uma empresa auxiliando.

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  5. Senhor Renan,

    Concorrer co m a Bradesco FM até a Rádio Icó concorre. Os caras tambem brincam de fazer rádio. Essa é outra brincadeira que apareceu no dial.
    Carlos Apolinário de Andrade
    Guarulhos

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  6. A única coisa que deixou saudades da última fase da Eldorado realmente foi o "Plug Eldorado".

    Sobre a Estadão/ESPN: a verdade é que a parte "Estadão" atrapalha a parte "ESPN" que acredito poderia funcionar perfeitamente em uma rádio própria, apenas com programação esportiva!!!

    Ediney Aprigio

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  7. Luiz Deodato Figueiredo31 de outubro de 2012 às 15:17

    Que parceria? Espn só pensava nela, e não respeita nem os giros 15 da vida. Se acham a melhor equipe de esportes do rádio brasileiro, onde já se viu transmitir programas da televisão? SPORTSCENTER em cadeia com a rádio é uma palhaçada, "vejam as imagens", "olha o gol" e o barulho da torcida.. que porcaria! Como o grupo estado pode ter feito uma parceria com essa Espn?

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  8. É uma pena que isso venha acontecer, mais nas mãos de quem a Rádio se encontra, a tendência é piorar a cada dia, infelizmente.
    O encerramento das atividades do JT hoje é o começo do FIM!
    Vamos aguardar pra ver o que vem pela frente, só por Deus.

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  9. Os caras bons saíram do jornalismo da Eldorado e a direção é amadora. Uma pena ver isso acabar e pessoas sendo demitidas. Pode escrever

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  10. Jornalismo inovador? Anderson Cheni, era uma cópia mal feita da CBN e da Band News sem os 'bons jornalistas'' que essas rádios tem.

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  11. Cheni, você que sempre traz em primeira mão a audiência das rádios, deveria checar melhor os dados. Por exemplo: você diz que o esporte da Estadão/ESPN só cresce. Tá errado. você diz também que o jornalismo da Estadão/ESPN não decola. Tá errado. Pelo que sei, o futebol na emissora vai de mal a pior. Já o jornalismo aumentou mais de 200% no Ibope desde a estreia. Por isso te pergunto: quem sairá perdendo com o fim da parceria?

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  12. Felipe Sampaio Cortez31 de outubro de 2012 às 20:21

    A transmissão esportiva na Estadão Espn só dava TRAÇO no IBOPE. Que volte o jornalismo verdadeiro da rádio Eldorado no formato Estadão, mas pra isso acontecer, tem que mudar quem dirige hoje o jornalismo.

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    Respostas
    1. Concordo com você Felipe em numero, gênero e grau.
      Enquanto não mudar essa direção, a Rádio Estão não sai do buraco...
      Mas enfim, vamos torcer pra que isso aconteça o mais breve possível, alguém tem que abrir o olho, ou seja, cair na real.

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  13. Acho que a Rádio Estadão deveria, com o fim da parceria, focar somente no jornalismo, pois em dias de jogos de futebol todas as emissoras jornalísticas fazem transmissões. É importante que se tenha opção de rádio para quem quer ouvir notícia, e não futebol ou música.
    Espero que ela continue no FM, e também, se não for sonhar demais, com a volta do programa Plug Eldorado.

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