MATÉRIA ESPECIAL
Quatro anos depois o sonho da direção em se tornar líder se concretizava, com a chegada do "Pai da matéria, o Garotinho" Osmar Santos finalmente aceitou a proposta milionária da Record e deixava a Rádio Globo.
AGOSTO TERMINA, MAS A TRISTEZA VAI PERMANECER PRA SEMPRE NO RÁDIO ESPORTIVO BRASILEIRO, CHEGOU AO FIM UMA HISTÓRIA DE SUCESSO
A triste notícia no meio esportivo nesse mês de agosto sem dúvida alguma foi o fim de uma importante marca que durava 80 anos, infelizmente a partir da venda para a Igreja Universal em 1990 Rádio Record que já foi um canhão na audiência esportiva e popular nunca mais foi a mesma e tristemente acabou, ou melhor, acabaram com ela.
O Blog resgatou com exclusividade algumas campanhas publicitárias da década de 80. Vejam o que essa importante e agora finada emissora já significou para o rádio esportivo de nosso pais. Essa foi a última grande década do rádio que hoje com exceção de três ou quatro emissoras em São Paulo, está literalmente "capengando" e com a falta de investimento e de visão aumenta a sua crise e fica a cada ano que passa mais fraco.
A primeira campanha mostra que a emissora provavelmente foi a pioneira na transmissão de futebol em Frequencia Modulada, na verdade retransmissão de futebol, já que não tinha equipe própria no rádio.
Na Copa de 1982 na Espanha, o som da transmissão da TV Record que contava com a narração de Sílvio Luiz, comentários de Pedro Luís e repórtagens de Flávio Prado.
O som da tv podia ser ouvido na frequencia tradicional: 1000 Khz e no FM em 89,7 - Hoje frequencia que pertence a Nova FM.
Campanha Publicitária veiculada na Revista Placar - Edição 630 - 18 Julho de 1982 - página 81
Menos de trê anos depois a Rádio Record ressurgia para brigar diretamente pela audiência com a Rádio Globo que na época tinha o mito Osmar Santos.
Francisco Paes de Barros (hoje diretor da Rádio Capital) era o responsável em montar a equipe que após 16 anos voltava a contar com equipe própria. Oswaldo Maciel que era o segundo na equipe de Osmar foi contratado a peso de ouro e seria o principal narrador, ao seu lado outro nome forte que tembém havia deixado a Globo, Rei, Rei, Rei..Reinaldo Costa.
A matéria foi feita Fábio Rocco Sormani, hoje comentarista e apresentador da Rádio Jovem Pan, que antes passou pela Bandeirantes e pela própria Rádio Record.
Reportagem da Revista Placar edição 767 de 1 de fevereiro de 1985 - página 32
Quatro anos depois o sonho da direção em se tornar líder se concretizava, com a chegada do "Pai da matéria, o Garotinho" Osmar Santos finalmente aceitou a proposta milionária da Record e deixava a Rádio Globo.
Pouco tempo depois a emissora desbancava a concorrente e chegava a liderança no rádio esportivo em São Paulo.
Campanha Publicitária veiculada na Revista Placar - Edição 984 - 21 de Abril de 1989 - página 42
Com a venda da TV e Rádio Record em 1990 o fim dessa grande década de ouro e a marca de um grande prefixo no rádio começava a se dezimar.
Edir Macedo, novo proprietário e dono da Igreja Universal do Reino de Deus começou a se desfazer dos bons profissionais e anos depois virou totalmente evangélica. Fato que durou quase 10 anos até a emissora tentar novamente retornar com força ao esporte com uma boa equipe, porém a tradição não existia mais e apesar de investimentos onde nomes fortes da concorrência foram contratados: Dirceu Maravilha, Fábio Sormani , Alex Muller e Ricardo Capriotti vieram da Rádio Bandeirantes e Paulo Roberto Martins e Gustavo Villani da Rádio Globo, mas a audiência e as vendas não reagiram.
A última cartada aconteceu em janeiro de 2010, as transmissões esportivas passaram a ser feitas pela equipe de Éder Luiz, mas a Record era apenas retransmissora das jornadas esportivas da Transamérica FM (Que tem outra linguagem, mas jovem e descontraída) e mesmo com bons profissionais, não emplacou.
A imagem da emissora ainda associada a IURD que decidiu de vez acabar de vez com a programação popular e principalmente a esportiva que nos anos 80 proporcionaram tantas felicidas e milhões de ouvintes e torcedores.
Infelizmente o que foi bom e marcou uma época (canhão do rádio esportivo) durou pouco, uma pena.
Anderson Cheni
Fonte e Fotos: Acervo Revista Placar
Colaboração - Jonny Nastri - Vitrine das Ideias
É com muita tristeza que acompanho tudo isso que acontece com a Rádio Record. Quando voltou com o futebol a primeira transmissão foi em um sábado à noite, mas a apresentação da equipe começou à tarde com o Maciel que depois viajou para o Rio para a narração do jogo. Lembro que até o Silvio Santos (sócio do dr. Paulo Machado de Carvalho na Record)fez uma participação saudando a equipe. Quando saiu o primeiro gol - ou foi na abertura da jornada? -, o Maciel falou que a emissora do dr. Paulo, homem ligado ao futebol, estava de volta ao esporte. Aquele equipe revolucionou em muita coisa. Na escalação (vinheta: quem é que vai jogar: um, dois), cartão (vinheta: amarelinho) e quando dava o texto comercial entrava um trecho do comercial da empresa, igual a Jovem Pan faz hoje. Lembro principalmente da Cavalinho - o fino em caninha. Tenho um disco (compacto simples) com o tema da Copa 86 com o Oswaldo Maciel na capa e se procurar com calma é provável que eu ache um jornal feito pela Record para a final do Paulista de 86 entre Palmeiras e Inter de Limeira. Tenho guardado em algum lugar a escala da Record quando da inauguração do estádio Zito Godinho, em São Roque, no jogo entre São Paulo x S. Bento, em 1989, lá esteve o repórter Roberto Silva para fazer um posto. Ficam as saudades de uma grande emissora da qual eu guardo até o número do telefone na década de 80: Era o 240-0660.
ResponderExcluirVander Luiz - Plantão Esportivo Rádio Jovem Pan
Caro Cheni, linda matéria, só faltou mencionar a passagem marcante do grande locutor Fiori Giglioti, que trabalhou por anos na Radio Record, depois de ter trabalhado e liderado a audiência por décacas na Radio Bandeirantes. Abraços!
ResponderExcluirMario Donizetti Tomazella - Novo Horizonte SP
Belo resgate essa matéria, realmente é uma pena, tive a oportunidade de por muitos anos trabalhar na equipe da Record com Fiori Gigliotti e a cada viagem pelo interior a recepção era maravilhosa, o sinal da Record sempre foi forte no interior.
ResponderExcluirMarcelo Santos
Sei que é muito díficil, mas espero um dia poder ouvir esses registros históricos do futebol na Rádio Record.
ResponderExcluirA Record AM tem uma história rica que foi simplesmente jogada fora.Um detalhe que com a venda da emissora em 1990 pra IURD,ela perdeu para a Rádio Globo a liderança popular e esportiva(posição que ocupa até hoje).O Osmar Santos voltava pra Globo em 1991 justamente na primeira partida da final do paulistão daquele ano.Posteriormente a Record foi caindo sendo ultrapassada pela Capital,América,Bandeirantes e Jovem Pan.Em 2001 ficou na última posição,tentou voltar a ser comercial em 2004,dois anos depois voltava ao terceiro lugar entre as populares,trouxe Zé Bettio,Kaká Siqueira,Paulo Barbosa,Dirceu Maravilha,Edemar Annuseck,Paulo Martins,Juarez Soares,Rony Magrini...Agora esses profissoinais estão desempregados(exceto Paulo Martins e Juarez que estão na Transamérica).
ResponderExcluirEu também considero uma pena o fim das transmissões esportivas da Record mas, sinceramente, já esperava por isso desde o afastamento do Dirceu Maravilha. Assim como eu, muitos de seus fãs ia aonde ele ia. Ao colocar o Dirceu na geladeira, a Record deu um tiro no próprio pé.
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