Por Rodrigo Fragoso da Rádio Voz do Futebol
Se você está pensado que lerá um texto jornalístico agora, está enganado. Falar do centésimo gol de Rogério Ceni já está batido. É um goleiro-artilheiro. Fora do comum, de série e, muito possivelmente, inultrapassável. Neste texto, quase reflexivo e subjetivo, pretendo falar do que foi pouco exaltado por todos neste domingo: as históricas narrações que viajaram pelas ondas do rádio daquela moderna e cheia Arena Barueri para o mundo. Nada contra a televisão, mas sou um eterno apaixonado pelo rádio.
O sentimento de um gol está contido num simples balançar de cordões entrelaçados, é verdade. Porém, a emoção de um gol narrado ao vivo, por vozes que não só narram, mas encantam, arrepiam e fazem, por mais simples que seja, com que qualquer ultrapassar de linha de uma bola se transforme num momento histórico, torna o momento diferenciado.
Ontem, transmitindo ao vivo o gol de número cem de Rogério Ceni, busquei transparecer ao máximo o que é viver um momento histórico. E ali vivíamos um. Os narradores, que, repito, fazem de cada gol um momento histórico para o torcedor ouvinte, trouxeram em suas descrições e gritos mais que uma mera narração. Fizeram daquele lance um instante mais sublime do que já era, mais esplendoroso do que já estava e, certamente, encararam um dos maiores desafios da carreira de um locutor. Qual? Traduzir em palavras aquilo que não pode ser traduzido. Um atacante fazer mil gols é espetacular. Um goleiro fazer cem gols é… Como eu disse, é um desafio explicar.
Paulo Soares (Estadão/ESPN)
Éder Luiz (Transamérica)
Nilson César (Jovem Pan)
José Silvério (Bandeirantes)
Hugo Botelho (105,1)
Deva Pascovicci (CBN)
Odnei Edson _ BandNews FM
Cheni... sensacional.... fico só imaginando esse gol narrado por Osmar Santos. Fico arrepiado só de imaginar.
ResponderExcluirAbraços.