O jornalista Tiago Toricelli chegou ao cume da montanha Huayna Potosi, de 6.088 metros, as 09:10 do último domingo (17), na Bolívia. A montanha é a mais mortal, a que mais mata os alpinistas no territòrio boliviano. Foram mais de 7 horas de escalada na neve, com sensaçoes térmicas abaixo dos 20 graus negativos.
Tiago chegou na Bolívia no dia 09 para adaptaçao a altitude de 3.600 metros acima do nível do mar.
Depois da preparação intensa iniciou a subida no dia 16 ao acampamento 2, a 5.150 metros, quando partiu na madrugada do dia 17, as 2:00, ao cume da montanha. A escalada exigiu um esforço sobre-humano - ¨Fui muito além do meu limite, minhas pernas já nao respondiam, tinham espamos pelo esforço exigido, fazer qualquer coisa a mais de 5.000 metros exige muito esforço, planeja-se cada movimento, como uma respirada profunda ou um passo que seja.¨ A escalada do Huayna Potosi é exigente, utliza-se técnicas de rapel e escalada técnica em algumas regioes (com piolet na mao e as frentes dos grampoes dos pés). A rota está muito mais exposta do que já esteve, beira precipìcios e contorna os piores pesadelos dos alpinistas de alta montanha, as gretas - ¨Sao fendas enormes cobertas por fina camada de neve, basta pisar nelas para despencar por crateras de 30 metros¨. Para tal feito, Tiago teve uma preparaçao que se iniciou em janeiro, com exercícos físicos (duas caminhadas semanais de 12 km com peso nas costas), fisioterápicos diários e uma nutriçao balanceada desenhada para o desafio. ¨Escalar uma montanha dessas, uma de 6.000 metros exige muito mais que físico, a parte mental manda muito. O desafio que a montanha impoe é tao gigantesco que a falta de um controle mental acaba derrubando. A montanha e sua força assustam.¨ Os últimos metros para se chegar ao cume, sao drásticos, uma fina crista separa o alpinista de uma queda seja de qual lado for, além disso todas as energias até lá já se foram - ¨Os ùltimos passos foram dados pela força de vontade, já nao havia musculatura, ligamentos ou qualquer esforço físico a ser utilizado.
A energia e atençao que eu necessitei naquele trecho principalmente sei que vieram de algo muito maior e de todas as pessoas que estavam torcendo por mim, principalmente minha esposa Marina¨. A volta ao acampamento necessitou um esforço extra - ¨Cheguei ao acampamento ao meio-dia, a volta foi dramática, com enormes dores no joelho com a força que faziam para segurar todo meu corpo na descida, tive dores alucinantes. Tudo isso somava-se a forte dor de cabeça, respiraçao ofegante, pulmao dolorido, lábios queimados de frio, dedos dos pés insensíveis, medo de edema, e um cansaço absurdo. A neve com o sol já tinha mudado de configuraçao, e estava escorregadia, precisei de todo o cuidado possível.¨ Após um descanso de poucos minutos no acampamento 2, Tiago regressou para o refúgio de onde voltou a cidade de La Paz. Lá permanece até o dia 21 quando retorna ao Brasil pela manha.
Os males, montanha acima2 800 metros - Até aí, a maioria das pessoas não tem problemas de altitude. No máximo, pode se sentir cansaço ou dor de cabeça leve.Acima de 2 800 metros - A partir desta altitude é comum acontecer o mal agudo de montanha, que pode atingir qualquer pessoa. É caracterizado por dor de cabeça, fadiga, falta de ar, distúrbios do sono e náusea.3 000 a 5 500 metros - É nesta faixa que ocorre a maioria dos casos de edema pulmonar.
Os sintomas falta de ar, tosse forte, letargia e febre baixa geralmente se desenvolvem depois de 36 a 72 horas na altitude.
Pode acontecer também o edema cerebral.Acima de 5 500 metros - A partir daí, diminui muito a capacidade de aclimatação do organismo. Se uma pessoa permanecer nessa altitude, começa a degradação, ou a perda de aclimatação, devido à pouca quantidade de oxigênio no ar.
Fotos: 1-) Vista do alto do cume 2-) Tiago no cume do Huayna Potosi
O Cheni...e o que anda fazendo o Toricelli profissionalmente,creio que não esteja escalando montanhas.Ainda no rádio?
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