Ser jornalista é uma profissão nobre ou não, como qualquer outra, dependendo do uso que se faz dela, da ética de cada um. Ser repórter é estado de espírito, é pedreira, é escolher o caminho mais difícil pelo simples prazer da aventura. Que o diga o finado Tim Lopes, um dos repórteres mais valentes da geração dos anos 70. Atualmente, há cerca de 120 cursos de graduação na área, formando quase 5.000 jornalistas a cada ano em todo o país. Diversas empresas de comunicação, para cortar custos, têm substituído jornalistas experientes por recém-formados ou estagiários, que recebem pagamento menor para executar o mesmo trabalho. Muitos sindicatos brasileiros reclamam que o excesso de mão-de-obra disponível provoca a desvalorização dos salários da categoria. Segundo cadastro da Federação Nacional de Jornalistas — entidade que reúne todos os sindicatos de jornalistas brasileiros — havia cerca de 20 mil jornalistas com carteira assinada (empregados) no Brasil em 2003. Destes, mais de 6.300 (30%)